Acordei... Estou deitada em uma cama macia e cheirosa. Não é meu quarto nem são minhas coisas. Não sei onde estou, seja com qual "eu" esteja conversando agora. Preciso sair daqui e ir para casa mas sequer sei onde é "aqui". Então saio do quarto e vejo que aparentemente a casa está vazia e com cheiro de limpeza, mas não o cheiro bom e sim o cheiro forte de alvejante pelas paredes com azulejos impecavelmente brancos. Sigo pelo corredor com piso escuro de parquê e alguns quadros pendurados que faziam com que aquilo parecesse infinito e cada vez mais escuro. Chego ao final do corredor e vejo o que parece ser um quarto, a porta entreaberta com uma claridade que, após aqueles segundos infinitos de escuridão, parecia cegar-me. "Ahn... Oi! Eu queria, sabe... Saber onde estou pois acordei agora e realmente não lembro onde estou. Desculpe, tu és irmã ou mãe de quem? Devo ter ido a uma festa, mas... Desculpe novamente, não lembro de nada"... Silêncio... ...