R amtel e Kasyade fizeram-me companhia durante essa semana. Foram dias difíceis, pra não dizer torturantes. Soube que Kasyade não estava bem também quando Ramtel enviou uma mensagem às quatro da manhã perguntando se podíamos conversar pela manhã. Ah, ele aprendeu a usar o celular, finalmente. E quando conversamos percebi que naquela voz doce de sempre estava escondido um medo que tornava seu timbre trêmulo. Era o medo de perder Kasyade. Mas anjos, mesmo os caídos... morrem? Talvez não fosse esse o problema, mas quando pensei na possibilidade de perdê-lo entendi o medo que Ramtel sentia e o motivo daquela conversa às sete horas da manhã. -Eu não enxergo mais o brilho nos olhos dele. É meu melhor amigo, meu braço direito e a melhor parte de mim. Eu deveria ser quem poderia ajudar, mas me sinto de mãos atadas e a aura dele desaparece um pouco a cada passo que ele dá. É isso que eu sinto. Terminou ele, piscando e cerrando os olhos para que as l...