Já falei?
Já falei dos atalhos e retalhos,
falei do cifrão,
da dor,
do amor
e da formula que faz bater um coração.
Já falei dos lírios,
da vida que levei
e das vezes que orei.
Sim, elas existiram.
Pseudo existiram.
Os anjos não caem
nem Ramtel soube
Quem foram os que partiram suas memórias.
O que importa falar? Sabe para que um escritor que se presa escreve?
Para si mesmo.
Para si mesmo mostra ao mundo a própria dor.
Para si mesmo mostra ao mundo o dilúvio de Andrômeda.
Para si mesmo expõe seus delírios mais intensos e histórias mais horrendas.
Para o mundo, mostra a si mesmo.
Mostro.
Mostro-me.
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