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Mostrando postagens de julho, 2014

Meu declínio

É uma pena Que tua dor seja mais confortável Que a navalha seja mais amável Que o bolçado te faça sentir melhor. Não sinto pena Como quiseste sentir de mim Nem descrevo o trono como o fim Sobre qualquer tipo de desamor Então, meu bem Novamente te indago Do passo em que nosso enredo se encontra E da paz que tua estaca proporcionou. Mas é que hoje Só posso ver o deslumbre De todo o amanhecer daqui Ou de onde te encontras ... Daqui já não é onde estive antes E revoltante é saber Que teus sonhos transparecem  E se encaixam na destruição dos meus. Sete luas te moldaram E quatro delas já contaram que teu lugar não é aqui Mas a insistência... A vontade de presenciar a queda do rei Ainda é o simbolo da tua alma Progresso seria o perdão Mas é que em tuas entranhas Se dispôs a raiva e ganância  Que, por um acaso querem apenas O meu declínio.

Quinze, zero e sete.

    Passei os últimos dias sentado diante das recordações e lembranças do que eu poderia ter sido. Novas mensagens e chamadas não atendidas refletiam o interesse alheio em minha integridade? Não. Era apenas o controle remoto travado no modo de "fingir não contradizer as obrigações parentais". Poderia ter sido diferente, assim como várias outras coisas da vida. Porém ao longo dos anos é perceptível que caminhos traçados e escolhas feitas nos levam onde estamos e por pior que estejamos sei que ainda há um ponto bom, uma lição ou um alguém que vá fazer com que as sombras sejam vistas como lírios nas manhãs de ventania.      Nesses anos sentada também vi que poderia nascer de novo todos os dias e crescer cada vez mais até que não coubesse mais um eu dentro de mim e devesse realmente separar esse "eu" tão bom. Até daria o nome de Pedro. Quaisquer que sejam as dores, uma perspectiva positiva teria valido a pena naquele momento. Teria.     Adormeci... E ...

Conjuntos numéricos

     Quem sabe um dia andando por aí, tu consigas perceber que olhares distantes podem ir além de traição mental. Poderás ver que as coisas vão muito além de conceitos baratos sobre certo e errado e que tudo pode ser mais relativo do que teus olhos querem enxergar. O mundo é tão maior do que nós percebemos e o tempo entre um segundo e uma lágrima pode ser menor do que o do disparo de uma arma. É muito breve, meu amor. É breve a consolidação de quaisquer que sejam as essências de nossas almas, desde que sejam puras. Mas também é breve, ou ao menos deveria ser breve o tempo para a bala atravessar nossos peitos com uma verdade que sempre esteve ai. A morte, o fim.      E estive todos os dias pelos mesmos caminhos, tentando desviar da maresia e da sombra que insistia em carregar a placa da culpa, o peso da alma. O peso de cada um, meu amor... É tão relativo quanto o que nos prende aqui. Mas que estejamos prontos para o fardo que se acumula cada dia mais, a c...