Nova ordem reflexiva.
Nas andanças e viagens da vida, encostamos a cabeça no banco do ônibus e pensamos naquelas pessoas que deixamos lá atrás ou as que nos deixaram, seja por viagens de dias ou um adeus muito longo. Viajar é relaxante, prazeroso e, na maioria das vezes, muito renovador e inspirador. Fotos, selfies, paisagens, brilho, festas e todo aquele desejo de "como queria que esta fosse minha vida todos os dias". Porque é isso aí... Sempre estamos insatisfeitos com a própria vida e com as pessoas que estão ao nosso redor. Atitudes ruins, carinhos ruins, beijos ruins, companhia ruim. Uma vida baseada no não e no mau humor, até que um dia chegamos a conclusão de que a vida nos fez crescer. O mau humor é o arrependimento da perda. Os beijos ruins são aqueles que as baladas de fim de semana te propiciam e os carinhos, já nem bons e nem ruins... Não existem.
Então a vida nos torna adultos e bang! Socos e chutes do tempo te causam dores na coluna, enxaquecas e muita insonia, mas é só mágoa. Mágoa de nós mesmos. As coisas aparecem rápido em nossa vida e se vão na mesma proporção. Lembra quando sermos adultos e fazer uma faculdade era tudo o que queríamos naquele momento? Chegou! Bang! Quantos anos se passaram? Oito, dez ou até mesmo quinze anos...? E se pararmos para lembrar de todas as vezes em que fizemos algo errado e ficamos de castigo querendo que passasse logo tudo aquilo, acabamos vendo que quando passou, nem percebemos. E é assim, as coisas passam e muitas vezes não vemos. A vida segue e fomos programados para ser automáticos. Te ensinam o que ler, o que escrever e o que pintar mas não te ensinam como fazer isso e muito menos que possam haver mais livros nas outras prateleiras da biblioteca.
Te mostram centenas de autores e não te fazem refletir sobre quem tu realmente possa querer ser. Te ensinam a ir por um trajeto para casa e o dia em que a rua está interditada por um acidente nem sequer sabemos como chegar até em casa. Será que o motorista também não sabia que aquela não era a preferencial? Não fomos programados para pensar por nós mesmos, quanto menos a pensar em conjunto. Quero lembrar que só pensarmos em nós não é pensar por nós. Assim como nós, o amor e os relacionamentos também são robôs programados e padronizados, ai de quem sair dos padrões... Estes não namoram, estes não se amam e estes são julgados por fazerem errado. Mas então... O que deveria ser mais livre do que o amor? Aquela dobradiça está horrível, faz barulho e a gente sabe que ela deve ser trocada, mas não deve e por isso improvisamos um óleo qualquer para colocar ali, como nos relacionamentos em que o normal é aquele e pronto. Se está ruim, vamos colocar uma maquiagem e sorrir nas festas com os amigos, se é que estes não usam ainda mais maquiagem.
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