Toque a campainha

     Dormi ao o som de sua voz e acordei com uma mensagem dizendo: Bom dia, linda! Espera aí... A casa está uma bagunça e meu coração, digo, colchão não é acostumado com ninguém além de mim. É que ele já é todo remendado e quando chega visita, prefiro que durmam no sofá. O sofá é o lugar perfeito! Pratico, rápido e o colchão não corre risco de sobrecarga de peso. Ótimo e seguro, né?
     Não, não é que eu queira fugir de compromisso. Mas é difícil arrumar a casa e esperar uma visita que vem para ficar. Até porque dizer que ama qualquer um diz. É por isso que sou aquela que prefere amar em gestos e, por incrível que pareça falar de amor incomoda.
     Deixa eu ser mais eu e colocar um pôster da minha banda favorita bem grande acima do sofá? Pode ser que a casa fique mais bonita caso haja um quadro nosso, né?! Quem sabe eu lave a louça quando tu chegares cansada todos os dias. Mas as vezes, amor, eu não quero lavar. Deixa a louça ali, paradinha.
     E se eu te chamar para olhar as estrelas, saiba que te escolhi para isso. Vamos deitar na sacada feito loucas e ficar olhando cada constelação e possíveis galáxias ou seja lá o que estamos vendo agora. Viu, é essa tal organização que move minha bagunça. É essa bagunça que faz eu ser quem sou. Pra que arrumar tudo se posso desviar para chegar até a porta, abrir e te dar um longo abraço? Vem cá! Posso te contar uma coisa? Até que dá vontade de ficar junto.

Comentários

Postagens mais visitadas