Um mar incerto.

   
 Há tanto tempo o vazio está aqui que já não sei bem como começar ou terminar algo. Talvez eu pense e repense as coisas uma série de vezes e não consiga chegar a conclusão nenhuma, mesmo as cobrando de todos ao meu redor. Conclusões. Pois então, algumas vezes estas são necessárias... Seja com ou sem ordem gramatical ou qualquer regra para organização e melhor entendimento.
     Uma vez me ensinaram que não se deve escrever nada sem ter certeza, mas nesse dia escrever parece ser a melhor coisa, pois as palavras de mim não saem. Mas escrevo com uma série de incertezas, inclusive as mais básicas como a relatividade do tempo ou quanto dura cada segundo. Coisas que parecem tão básicas.
     E, por final, mas não menos importante e redundante... O que me cerca hoje é um maço de cigarros, um computador com a página para escrever algo aberta, meu gato, minha calopsita, the neighbourhood e milhares de incertezas. Podia ser poético, mas na cabeça é uma tragédia. A tragédia de qualquer poetiza ou escritora rende boas inspirações para os outros, mas e nós?


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