Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Atalhos, retalhos e um cifrão.

     De todo e qualquer lugar no mundo, prefiro estar em lugar algum. Sabe, o lugar mais agradável deles é só meu e sou egoísta. Pode ser que contando, mais pessoas descubram que meu lugar favorito não é um lugar. Também não é um abraço, quanto menos a profundidade imensa dos oceanos e habitações modernas. Não é um lugar, mas talvez seja uma construção. Não é uma construção mas quem sabe seja um projeto. É, bem... É um projeto. Meu lugar é um "tic-tac" diferente ou o tempo se contorce para o meu agrado. Vivo a insanidade de habitar aqui e habito intensamente meu próprio espaço.     Copérnico foi o pai da astronomia moderna mas não desvendou o mistério da felicidade, dessa nebulosa que transfere e transcende na visão de cada um. Pilantra é o que esconde o próprio mundo, o próprio segredo e tão baixo...Ah! Ele esconde o melhor lugar do mundo. Próprio. Improprio para menores de dezoito vidas. (Sabendo que não saberíamos usa-las mesmo que fossem duzentas vidas)....

Os riscos de uma relação

    O namoro era tão bom. Quando foram morar juntos tornou-se mais perfeito ainda. Um ajudava o outro a limpar a casa, cuidar das despesas e principalmente a cuidar de si próprios. Todas as noites tinham um ao outro de uma forma intensa e livre. Vez ou outra saiam e iam na casa dos pais jantar ou até mesmo naquele fast food da primeira quadra já que nenhum dos dois bebia. Deitavam-se, olhavam filmes e davam risada. Jamais haveriam coisas ruins entre eles. Tudo era para sempre.     E depois de um ano as coisas começaram a ser diferentes. Ela sentia que estava fazendo algo errado mas realmente não entendia, não via o erro. Todas as noites era a mesma coisa. Todas as noites ele tomava um copo de conhaque e sentia-se satisfeito. Todas as noites ela sentava ao lado dele e clamava ao menos por um pouco de carinho e não um "a casa está suja, não viu?" enquanto ele pedia por uma janta decente e a mandava sair de frente da televisão.     Ela realmente odiava is...

Cântico

Todas as tardes insisto na ideia de encontrar... Não de encontrar um amor parece tão clichê mas não é vontade de satisfazer qualquer desejo ou temor já que a solidão não me atinge mais. Quem é mais só no mundo do que aquele cercado por duzias de pessoas e preso na própria solidão? Esta noite não me perdi em nostalgias.

Pedro

    Se é para informar, informaremos. Vou contar, amor... tá  doendo. Essa angústia e indiferença aí, sabe? Hoje brinquei com a nossa argila mas faltaram-me as combinações para criar a aquarela do nosso futuro, se é que ainda há. Há de haver. Amor! Posso te chamar assim ainda? Meu amor. Onde foi que nossos planos se perderam? Onde foi que eu me perdi? Os sonhos nos corromperam e o mal que nos cercou acabou sufocando o elo que nos unia.    Não posso colocar-me em primeiro lugar. Não adianta fazer jeito de quem não liga. "És minha vida, és minha amada". Creio que em cada frase posso ir parafraseando as entrelinhas com milhares de "eu te amo" mas sei que de nada valerão sem que eu esteja aí, amor. E quantos anos passarão? Não. Não quero deixar-te ir.     ...   Amor, o Pedrinho está bem. Nosso sonho bom também. Lembra de quando iria escrever isso? Conseguimos! Quatro, cinco, sete... Oito meses. Menino precoce esse.

Reluto o luto.

As vinte e quatro horas do dia não bastaram-me. Não bastaram para opor a falta,  a culpa e opor a dor. A compaixão. Há compaixão?! As cento e sessenta e oito horas da semana não contrastam de forma adequada o teu sorriso. Porque teu maldito paraíso desabou. Teu sorriso sibilou e mendigou meu perdão. Tragam a morfina já que as malditas aspirinas e o gardenal já não fazem mais efeito. Condenei-me ao luto luto eterno pela minha própria alma.

Leminski-se

    Não é de meu costume mas que as honrarias sejam feitas. Posto-lhes um breve poema de um homem realmente admirável: Sem título Eu tão isósceles Você ângulo Hipóteses Sobre o meu tesão Teses sínteses Antíteses Vê bem onde pises Pode ser meu coração Paulo Leminski

Bloco 61, expresso do amor.

    Ouço pássaros lá fora e percebo que já são 6h49m. É cedo... Ou talvez seja tarde, afinal não preguei os olhos nessa madrugada e digamos que em várias outras que passaram também. As madrugadas em busca de distrações e os pólos do sono completamente invertidos. Noite virou dia e dia virou noite. A filosofia do século xxi é encontrar o significado do amor, assim como fragilizar toda e qualquer forma amável deste mundo. Óh, mundo! Sabe isso aí? É inútil! Onde posso deixar meu bilhete de "vocês nem sabem quem são"...? Mas acho que não seria uma boa ideia, né?! Receberia uma resposta parecida com "e você é que na verdade não sabe quem é"  acho que seria uma verdade constrangedora.     Bom, sobre essa coisa de não saber direito quem eu sou. Antes, uma pausa: (nomear coisas com "coisa" só te faz mais burro pois isso diz explicitamente que eu não sei a palavra certa para usar) autocritica?! Continuando... Já tentei ir em vários testes do tipo "quem é vo...