Atalhos, retalhos e um cifrão.

     De todo e qualquer lugar no mundo, prefiro estar em lugar algum. Sabe, o lugar mais agradável deles é só meu e sou egoísta. Pode ser que contando, mais pessoas descubram que meu lugar favorito não é um lugar. Também não é um abraço, quanto menos a profundidade imensa dos oceanos e habitações modernas. Não é um lugar, mas talvez seja uma construção. Não é uma construção mas quem sabe seja um projeto. É, bem... É um projeto. Meu lugar é um "tic-tac" diferente ou o tempo se contorce para o meu agrado. Vivo a insanidade de habitar aqui e habito intensamente meu próprio espaço.
    Copérnico foi o pai da astronomia moderna mas não desvendou o mistério da felicidade, dessa nebulosa que transfere e transcende na visão de cada um. Pilantra é o que esconde o próprio mundo, o próprio segredo e tão baixo...Ah! Ele esconde o melhor lugar do mundo. Próprio. Improprio para menores de dezoito vidas. (Sabendo que não saberíamos usa-las mesmo que fossem duzentas vidas). 
    Descompasso sem inicio, meio e fim. Mania de bagunça e fetiche pela calmaria. Triângulo amoroso, amor nenhum e amor próprio. Joguei mil e algumas pedras na fonte e esperei algum sinal. Definições minhas, pura enrolação. Roubaram meu lugar quando perdi parte de mim, ou posso até dizer que não foi roubo. A circunstância deixou as portas abertas e quem não iria se aproveitar? O sinal da fonte não veio, afinal... Deveriam ter sido moedas, mas sabem, né?! Dinheiro é caro. Meu lugar se foi pois eram a calma da minha mente e a consciência limpa. A verdade escrita mas hoje, a mentira rasurada. 

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