Reluto o luto.

As vinte e quatro horas do dia não bastaram-me.
Não bastaram para opor a falta, 
a culpa
e opor a dor.
A compaixão.
Há compaixão?!
As cento e sessenta e oito horas da semana
não contrastam de forma adequada
o teu sorriso.
Porque teu maldito paraíso
desabou.
Teu sorriso sibilou e mendigou
meu perdão.
Tragam a morfina
já que as malditas aspirinas e o gardenal
já não fazem mais efeito.
Condenei-me ao luto
luto eterno
pela minha própria alma.

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