5ª avenida

Outro dia eu avistei um velho amigo nosso. Ele disse que você estava bem e que estava trabalhando logo ali, depois da avenida. Parei para conversar com ele e me deparei com a saudade, aquela saudade que por anos supri dentro de mim com quaisquer que sejam as outras coisas existentes na face desse planeta.
Desde aquele dia quantos anos se passaram...dez? quinze? Já não sei, ou talvez nem um ano.
Em que malditas orbitas estamos para o mundo ser tão pequeno e com um piscar de olhos tudo o que guardei por anos voltar como um furacão.
E foi, destruiu toda a minha armadura, toda a minha fortaleza de vidro foi ao chão.
Junto com a saudade veio a raiva, um emaranhado de exuberantes lembranças. Pura brincadeira, o que sinto, na verdade é nada mais do que a sensação do espaço vazio que deixaste aqui.
Ei, amigo, foi muito legal de encontrar, mas vamos deixar a lista de nevoeiros emocionais para um próximo encontro?
Claro, não vou esquecer de não passar pela avenida.

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