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Mostrando postagens de dezembro, 2013

Boa noite.

     O gosto do álcool já embriaga minha mente e o calor do teu corpo já enegrece minha alma. O teu calor está longe, tão longe que as mariposas tendem a aproximarem-se cada vez mais. Eu as odeio. Dentro do copo havia uma mistura homogênea de vinho e raiva, de sangue e amor... eu bebi. Bebi até a ultima gota do teu amor, maldito amor ingrato. Tardou a indigestão. Cólicas e mais cólicas misturadas com a náusea do desgosto, assim como o vômito doentio de uma psicopata ambulante. Sociopata misturada em meio ao emaranhado de futilidades do dia a dia. No final da noite só havia o sangue, era o teu... O teu sangue que a embriaguez já não deixou-me distinguir se foi acidente ou...

Senti saudades de ti, Ramtel.

    Amanheceu e simplesmente foi apenas um dia. Enquanto anjos planam pelo céu, voam por aí fazendo a felicidade de muitos... Bom, isso é o que tu pensas, não é? Como já expliquei, quem sabe os anjos não sejam lá tão bons assim quanto deva parecer. Será mesmo que ir para o céu é a felicidade e a salvação das almas? Ou quem sabe não seja a derrota de uma vida sem glórias e sem planos? A derrota de vidas que foram derrotadas pelo tempo, assim como a de Ramtel, nosso anjo caído e desolado. Desolado, dissolvido, abstrato, perturbado, suicida e irmão mais velho.     Pois bem, o pecado da vida é o suicídio ou o pecado, na verdade é o medo de pecar? O medo de estar lá e não querer estar ou a força de vontade estar abaixo da estimativa de vida que algum "Deus" possa ter dado. Desculpe-me, Senhor, mas é que indago-me todos os dias sobre os tais pecados capitais. Indago-me desde que descrevi um pouco da vida de Ramtel, por saber de tudo isso e por querer explicar, talvez......

À ti, meu bem.

Tu... Tu sabes de mim como quem sabe do tempo. A imprevisível ilusão de um dia de Sol baseada em dados com os quais teu coração pôs-se em dívida dúzias de impostos sonegados, quanto mais desfruta,  menos conhece. Tu, que talvez não saiba de mim nem que outrora fugi de ti. Ah! Tu, que me enlouquece e desfavorece a minha lucidez. Tu... Que é insuportavelmente ... Desgosto da minh'alma.

Trono de uma rainha

    Durante várias madrugadas, convidei a saudade para um café informal. Um lanche da madrugada. Conversamos sobre coisas nostálgicas, viagens e até mesmo o sorvete de flocos. A saudade e eu nos dávamos bem em tese, em algumas horas e enquanto sabíamos que a falta poderia ser construtiva, até mais do que teu amor.     Ontem, a saudade e eu tivemos uma discussão. A desgraçada ousou pronunciar teu nome, ousou quebrar as xícaras e derrubar o café. Ousou ainda mais, mostrar-me tuas fotos. Ah, saudade! Que traição! Pois bem, teu seio não é mais irrelevante e teu afago tornou-se necessário. Tu, meu amor... tu és necessária.

Acordar.

     Como proceder, se as madrugadas viraram dia e os dias estão cada vez mais escuros? Como ele tentava ver teus olhos, lindos olhos castanhos, por trás de toda aquela escuridão e dor. Simplesmente não dava. O tempo era teu inimigo, naquele mesmo tempo.       "Um instante, só um instante. É de vagar, mas tão constante"      Desesperado por cada esquina, encontrando em cada parada um olhar vazio, uma decepção, uma lágrima sendo contida ou a sua própria decepção. Quantas decepções já tivera? Quantas decepções eu mesma já tive? Mas de que adianta, se sempre o que não nos faz bem é o que mais nos manipula e nos joga no calabouço do horizonte escuro.      Em um ano bissexto, os dias passavam mais de vagar e a contagem parecia infinita. O inútil soluço abafado de todas as noites e a cara amassada durante a manhã quando usava como desculpa o sono, eram cada dia um fardo maior para se carregar. Manipulando a própria liberd...

Pestana

     Pois então... Vem ficando cada dia mais difícil fazer outra coisa que não seja desabafar. Os malditos desabafos, contidos por meses e anos nos abraços falsos do teu pseudo-amor. O que me leva a crer que todos os amores do mundo, todas as possíveis demonstrações de afeto devem ter algum tipo de interesse. Abraçar com o interesse de receber conforto. Beijar com a intenção de fazer sexo. Amar com a intenção de enganar. Seja qual for o amor, eu odeio ele!      A paz que era contida em momentos de união, hoje tornou-se a solidão completa de uma alma que vem vagando com um simples aparelho inútil. Minh'alma percorre os instintos de sacanagem da tua mente, por dentre os teus caminhos... Enquanto meu corpo tenta fugir da realidade e tuas ligações tornam-se mais frequentes, vejo o pouco de vida que ainda me restava indo pelos ares. Vejo meu fôlego esvaindo-se em uma incessável corrida sem rumo definido e os dias terminando em nevoeiros de confusão. Apenas c...

15 dias

    P or dias consegui ver-me dentro de um mundo novo, de uma história nova onde imaginei toda essa dor indo embora. Simplesmente indo. Houveram dias onde a dor simplesmente tornou-se nula. Dias em que a paz e o sorriso conseguiram sobrepor-se, vir, acima de tudo, com motivo ou não. Mas e hoje? Por que logo hoje? Ah, ok, poderia ser em qualquer outro dias, mas o que eu quero dizer é que eu não queria que o sentimento ruim voltasse. Queria acabar com toda essa angustia, esse cansaço e... É pedir demais, até aí? Pois bem, é o que parece. É realmente cansativo viver de imagens ou tentar fingir que nada vai te afetar, porque dói. Dói de verdade todas as vezes em que sorrio após uma piada de mau gosto, ou, quem sabe de ignorar sempre as crises por estar em público.      A base é um passo em falso, um deslize, assim como areia movediça, o copo transborda e já foi esvaziado inúmeras vezes. Assim como começa, simplesmente pode terminar sem motivos, pode vir e volta...

Desfrute

    Oi, passado! Queria te contar que tu passaste, sabe?! Não foi de uma hora pra outra e nem tão fácil assim quanto teu maldito cérebro pequeno deve estar pensando. Também não é nenhum mecanismo de defesa, nem algum tipo de vingança. Só quero que aceite que passou, que acabou. Está lá atrás.     Diverte-me admirar a espécie humana: Luta para conquistar e quando tem o livre manejo particular do ser, acaba levando como tira-gosto e põe-no de lado. Esfria. Apaga. Por que a sensação de que o território, se é que pode-se dizer assim, quando conquistado perde a graça? É a linha tênue entre a batalha e a derrota, quem sabe? Mas, a vitória não seria conseguir desfrutar da tua carne, amante? Passiva solidão esta tua. Enojo-me de ti.     Então, não quero que penses que aqui está a garotinha frágil, pois aqui está a mulher bem resolvida que deixaste para que novas aventuras fossem descobertas e que novas matas fossem atalhadas na tua vida.