Minha calma, meu juízo.

    Ah, guria...
    Quis escrever-te de um modo informal e por tanto tempo tentei encontrar as palavras para descrever tua ausência. Onde tu estavas o tempo todo? Quantas esquinas percorri em meados de mil oitocentos e decepções para simplesmente te dar um papel em branco, ou talvez, olhar diretamente nos teus olhos e por um milésimo de segundo conseguir decifra-los.
    O modo como te encontrei, como fiz das tuas também minhas palavras. Como fiz dos nossos corpos um ser só e da força com que teu coração tomou conta do meu... Ah, guria, tu és inexplicável. Mas, então, se resolver deixar-me ao relento e sem teus doces beijos, sem teus olhos castanhos, guria. Identificaste-se? Eu sei.
    E talvez eu nem sequer queira saber qual o antidoto contra ti pois simplesmente quero me entorpecer cada dia mais de ti, em doses maiores que me levariam à qualquer lugar simplesmente fechado os olhos ao deitar em teus braços. Braços e abraços que me cativam, me esquentam e me confortam sempre quando necessário e até além.
    Agora, guria... Achas que te expliquei com alguns parágrafos? Gostaria eu, mas tu és imprevisível, és fogo em meio ao oceano e é isso que me atrai, que me distrai, que me excita e me incita a te querer, meu bem.

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