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Mostrando postagens de novembro, 2013

Isadora

    Eu definitivamente não gosto do verão. Não gosto dessa sensação de estar sendo jogada direto para o submundo ou, quem sabe, um lugar ainda mais quente. Alô, vocês que gostam dessa coisa terrível, só me digam o que vocês fazem para não assar feito frangos?     Bom, finalmente era fim de ano letivo, mas isso não deixava-me feliz, pois pensei que iria parar de te ver. Mesmo que de longe, te admiro todos os dias, anjo meu. Mesmo que por trás dos panos, por trás de todas as vezes em que tentei disfarçar... devo admitir-te que sou perdidamente apaixonada por teus sorrisos. Teus olhares.     Sonho em poder ser o teu alguém, em ser a pessoa que vai fazer-te dar tais sorrisos, a pessoa que vai consolar-te sempre. Anjo, quero ser quem vai ir te buscar e te levar até a pontal sul para ver o nascer do Sol. Será que tu tens como imaginar o tamanho desse sentimento, ou uma mísera parte dele? Te levaria para qualquer lugar, onde fosse... Nunca, de forma alguma ir...

Ursos novos.

      Em cada paixão, um novo mundo, uma nova realidade, um novo jeito de gostar. Porém, de cada paixão que deixei, mudei um pouco e também tentei igualar ao meu único amor. De cada paixão que passou, ficou cada vez mais claro que sentimentos são abstratos e definições são inválidas. Conceitos de felicidade e prazer são explícitos e uniformemente variáveis, se é que pode-se dar por entendimento assim. Pode? Ahn...     Coloquei ursos novos nas prateleiras e juntei álbuns de figurinhas novos também. Assim como tentei juntar várias partes de mim pela cidade, por inúmeras casas, afinal, a vida é feita de decepções e aprendizados. Mas, quem sabe, meu amor... um dia nosso dia chega. Ou, quem sabe não seja para chegar. De qualquer forma, o que sei é que vale a pena mesmo é continuar vivendo de uma forma espontânea, simplesmente esperando que algo chegue, seja isto bom ou ruim mas apenas tentando cultivar o que for bom.     Poderiam haver milhões de hipót...

Relatos.

    Hoje resolvi escrever sobre meus amores. Amores merecem uma homenagem sempre, ainda mais esses amores que hoje são parte das constelações de Artemis, parte pequena também do oceano de Posseidon. Ah, esses amores que tanto fizeram-me sorrir, pois creio que todos nós temos incriveis lições de humanidade com eles. É bem particular, mas é um relato meu, entendem. Eu simplesmente queria que cada um desses bichinhos fossem eternos.

Dói, mãe.

    Passeava de mãos dadas junto à ti, mãe. Corria pelas ruas contigo, irmão. Por quê? Quanto tempo é necessário para construir uma confiança já que, afinal, ela pode ser quebrada em segundos, em atos e sem nenhum contrato pode simplesmente ir pelos ares. E foi. A dor vem, a dor machuca e isola qualquer coisa boa para que não me atinja. Dói, de novo. Me tire daqui, amor!     Quantos anos serão necessários para superar tudo isso? Quantos anos sentirei dores, desconfortos, ânsias e desgosto ao vê-los? Há uma década essa angústia assombra todas as minhas noites e me impede de ser eu mesma. Dentre os meus 16 anos, 10 deles eu não fui eu mesma?! Isso quer dizer que ainda sou uma criança de apenas 6 anos? O que mais vai ser preciso amadurecer para esquecer as mentiras, familia? O que mais vai ser preciso para que as noites, as cobertas, o sufoco... o maldito sufoco simplesmente passe?     É só mais uma dessas horas em que o peso do passado recai sobre mim, m...

Meu medo

    Durante tantos dias pensei em uma forma de relatar e ser breve com o que se passa. Pensei que haviam palavras capazes de expressar todo e qualquer medo do mundo, além de todo o tipo de amor... só pensei. Então, quem sabe eu consiga ser breve. Ah, é complicado tentar ser calma em meio a todo esse caos e ainda achar paz em outro alguém.     Nunca conseguimos imaginar o dia de amanhã e toda a realidade, ou quem sabe toda a morte que nos aguarda. Simplesmente não dá pra saber o que vai acontecer amanhã e por isso o medo toma conta desta que vos pronuncia. Por quê? Não pedi para ter medo, não pedi para que te perdesse e fiz de tudo para que isso não tivesse acontecido, sei que fiz. Acontece que quando perde-se algo, tenta-se de todas as formas segurar com força. É como segurar seu celular na sacada do vigésimo terceiro andar de um prédio qualquer em uma avenida super movimentada. É medo. Já deixei que escapasse das minhas mãos uma vez e esse medo constante de que ...

Mas, então...

    Um dia desses quando resolvi te esquecer vi que não haviam saídas para tirar toda a mágoa e angustia que deixaste em mim. Vi também que teus erros se tornaram insuportáveis e que nosso passado serve apenas como exemplo para que não aconteça novamente no futuro. Mas e o presente? No presente continuo errando e despindo-me do orgulho e da vergonha na cara. Vergonha na cara essa que poderia ser vendida em um bar qualquer, pois embriagar-me-ei dela.     Espera... Que "mundo" de besteiras foram estas? Como vou esquecer alguém que nunca conheci? Então não ter lugar para ninguém simplesmente se tornou ótimo. Apenas para um velho amor.

Minha prisão.

          Não que eu quisesse, mas simplesmente aconteceu. Simplesmente acontece e vai acontecer cada vez que, nem que seja por um segundo, teu rosto venha como num passe de mágica às minhas memórias, aos meus pensamentos e às minhas saudades. Dói. Mas dói menos. E se eu tentar achar em outros abraços o que só o teu consegue fazer? Se eu fosse capaz de encontrar em outros corpos o que só o teu me proporciona? Será que doeria menos?! Será que seria necessário?     ...    O escuro do quarto, o abafado das janelas fechadas e do meu próprio coração me sufocam mas é algo que não posso escapar. Se eu escapar da escuridão, vou sair e ver a luz do dia, ver a luz radiante da felicidade alheia e de falsas paixões que são desencadeadas por flores, atos sexuais, beijos, abraços, traições e mutilações. Paixão.    Quero sair desse calabouço, dessa prisão. Quero que seja a tua mão que puxe-me para fora e que seja o teu perfume entrando para...

Paralelos

    Ultimamente não sei se ando sendo mais eu ou menos eu. Talvez, quem sabe, nem esteja sendo eu. Mas como é não ser eu mesma? Se não sou eu, quem diabos eu sou? Se bem que as vezes a gente cansa de ser quem somos, ou de não saber quem somos e acabar nos perdendo nas milhares de faces com as quais somos moldados. Sociedade, escola, família, namoros, amores, paixões, amizades e passados...     O mundo pede por pessoas sinceras e politicamente corretas, mas quando se é assim o que acaba acontecendo é, vulgarmente falando: você se fode. E não é pelos termos bons da palavra, é simplesmente o ato de apanhar da vida, sem nenhum prazer envolvido nisso, hein! Quantas crises e conflitos internos eu ainda devo ter para descobrir ao certo quem sou?     Triste mania a minha de achar que me encontrei ao encontrar-te, pois quando te perco, vejo minha identidade ir contigo. Triste mania a minha de entregar meu RG à promessas e minha certidão de nascimento à distúrbios ...

Anjos não caem.

   A njos caem na Terra sem pretensão nenhuma. Simplesmente caem e devem aprender a conviver com mortais, os mortais que eles deveriam proteger e que... Bom, a verdade sobre os anjos é o que a maioria das pessoas não enxerga.     Um deles, cujo nome era Ramtel é o protagonista deste desastre. Ele é o protagonista da desilusão de Deus para com os humanos e de uma humana para com os anjos. Na verdade, anjos são maus e traiçoeiros. Por isso acabam tendo que conviver com a raça que mais odeiam: seres humanos. Bom, eu até entendo o fato dos anjos odiarem tanto os humanos, afinal, destruímos tudo o que vemos pela frente, seja concreto ou abstrato, simples ou composto. Ramtel não era diferente, ele simplesmente odiava a nossa existência e não aceitava como seu mestre passava horas e horas consertando erros de criaturas ironicamente errantes, além de ver sonhos e sonhos serem postos fora com as fraquezas destes seres. Mas, sinceramente acho que a maior mágoa d...

Nem vão saber

    -"São quase duas horas da madrugada. Por favor, mais rápido ou vamos perder a viagem". Foi o que disse para a própria sombra quando viu que a mesma já estava cansada e que faltavam ainda alguns km para chegar até a estação. A passagem só de ida já estava comprada e ninguém sequer sabia disso.

Ah, como eu o entendo bem

    Nasceu prematuro, coitado! Além disso, o garoto também andava cansado de todos os dias ser o saco de pancadas de gente fútil na escola, na família e por onde quer que passasse. Ele não precisava simplesmente ser agredido fisicamente, já que as palavras o machucavam muito mais. Ah, como eu o entendo bem.     Quando seus medos internos e os monstros que o cercavam permitiam que dormisse, era por volta das quatro horas da manhã, ou seja, poderia dormir até as seis e meia se desse sorte de conseguir arrumar-se correndo para mais um dia torturante. Bom, lá vai... Lavava o rosto, tomava uma porção de remédios, vestia a máscara de felicidade, pegava a mochila e ia. Todos os dias esquecia a caneta, um caderno ou um livro importante mas acabava pedindo para algum colega, já que geralmente tinha um bom relacionamento com as pessoas ao seu redor. Afinal, ninguém ali sabia quem ele realmente era ou o que realmente se passava ali dentro.     "Malditos medicamentos...

Sou eu.

    E se por uma unica vez quem aqui vos fala escrever em primeira pessoa? Se escrever realmente admitindo os próprios erros, admitindo que as vidas imperfeitas e os defeitos friamente calculados são todos meus ?     No final de tudo, eu apenas conseguirei pronunciar: " nem sempre dá pra ser forte ".

Night Club

    Quando foi feita a convenção para escolher a noite como fonte de perigo? Quando foi que disseram que a escuridão trás perigo se diariamente somos expostos a falsidade, luxuria, egoismo e confrontos?     Quem sabe eu me sinta mais segura sozinha comigo mesmo do que com toda a realidade obscura que a claridade trás consigo todos os dias.

Quem sabe?

    Q uaisquer que sejam as tuas notas, o teu tom eu acertei. Quem sabe seja o tom de algo diferente e que eu talvez não esteja tão interessada nessa tal felicidade que todos procuram, mas se não é almejar a felicidade, me perguntam... o que queres alcançar? Então, sabe-se lá o que quero alcançar. Quem sabe a satisfação pessoal possa responder-me, logo, gerando um desencadeamento de felicidade.     Não necessariamente a felicidade vem acompanhada, mas quem sabe tu venhas junto e um dia consigamos acertar o ritmo dos nossos passos para uma sincronia tão imperfeita, sim, imperfeita, que nos faça andar juntos por toda uma eternidade. Quem sabe?! Compassos,  descompassos. Nos teus passos eu me guio Fonte da traição onde qualquer que seja a mutilação dê-me a forma da tua imperfeição. Dismórfico é o título e ridículo são os meus passos são apenas descompassos.