Ursos novos.

      Em cada paixão, um novo mundo, uma nova realidade, um novo jeito de gostar. Porém, de cada paixão que deixei, mudei um pouco e também tentei igualar ao meu único amor. De cada paixão que passou, ficou cada vez mais claro que sentimentos são abstratos e definições são inválidas. Conceitos de felicidade e prazer são explícitos e uniformemente variáveis, se é que pode-se dar por entendimento assim. Pode? Ahn...
    Coloquei ursos novos nas prateleiras e juntei álbuns de figurinhas novos também. Assim como tentei juntar várias partes de mim pela cidade, por inúmeras casas, afinal, a vida é feita de decepções e aprendizados. Mas, quem sabe, meu amor... um dia nosso dia chega. Ou, quem sabe não seja para chegar. De qualquer forma, o que sei é que vale a pena mesmo é continuar vivendo de uma forma espontânea, simplesmente esperando que algo chegue, seja isto bom ou ruim mas apenas tentando cultivar o que for bom.
    Poderiam haver milhões de hipóteses de como ter uma vida perfeita, mas aí só vamos entrar em outra discussão sobre conceitos perfeccionistas, assim como estereótipos perfeitos ou seja lá o que mais as pessoas enquadram em pré-conceitos de perfeição. Ahn, novamente...
    A questão principal é que: não dá para fugir das decepções da vida. Realmente não dá, acreditem, quem aqui vos fala já tentou fugir e só atraiu coisas piores. Coisas, assim posso dizer.
Acho que tentar sair de uma realidade e entrar em outra, nada mais é do que simbolo de fraqueza. Amor, sou fraca. Então, o amor, meu amor, o nosso amor... Permeará.

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