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Mostrando postagens de 2014

Reviver, moça.

   Acordei... Estou deitada em uma cama macia e cheirosa. Não é meu quarto nem são minhas coisas. Não sei onde estou, seja com qual "eu" esteja conversando agora. Preciso sair daqui e ir para casa mas sequer sei onde é "aqui". Então saio do quarto e vejo que aparentemente a casa está vazia e com cheiro de limpeza, mas não o cheiro bom e sim o cheiro forte de alvejante pelas paredes com azulejos impecavelmente brancos. Sigo pelo corredor com piso escuro de parquê e alguns quadros pendurados que faziam com que aquilo parecesse infinito e cada vez mais escuro.      Chego ao final do corredor e vejo o que parece ser um quarto, a porta entreaberta com uma claridade que, após aqueles segundos infinitos de escuridão, parecia cegar-me. "Ahn... Oi! Eu queria, sabe... Saber onde estou pois acordei agora e realmente não lembro onde estou. Desculpe, tu és irmã ou mãe de quem? Devo ter ido a uma festa, mas... Desculpe novamente, não lembro de nada"... Silêncio... ...

Lá.

Acordes e cortes Tantas vezes na mesma frequência. O som e a dor se fundem Por tantas outras vezes Se confundem. Passando para quem realmente não os quer Mas quero o som O acorde do futuro LÁ longe.

Com ciência de que a consciência é livre.

       Os dias passaram, amor. Meu ascendente conquistou o Sol e viajou por todo o universo em busca de um novo mistério para desvendar. Então é hora de parar de brincar com a vida e perceber que o fardo é grande e a batalha desgasta. Luta! Olha para baixo e não pisa nos teus iguais. Olha para o lado e acompanha teus irmãos mas além de tudo, olha para a frente e segura o mundo, nem que seja por alguns segundos. Nem que seja para conseguir a vitória tão almejada: a vida. À vida, irmãos! Pois sempre há vida dentro de cada um.        Tantos e tantos anos para desvendar cada Deus. Cada Zeus, Odin, Jeová e Júpiter para dizer que está tudo errado. Pela onisciência e onipotência, os declaro frutos do meu eu. Frutos do pé do prazer insano da consciência. Como qualquer um, nos cabe o sonho planejado por Hipnos ou Morfeu, tanto faz. Tanto ela faz todos os dias para seguir olhando para todos os lados e ganhar o prêmio virtude do ano. E a virtude? Conceitu...

A vigésima alma.

Das minhas vinte faces Dezenove destruíste Das minhas vinte faces Não tem uma que não viste O peso que há nos corações de quem passou É a marca que deixei daquilo que moldaste aqui. Então, seja quem sou, Fui feita de ti, Dela e talvez de outros mais. E os que atravessam esta ponte Veem que o meu mundo não satisfaz. Não satisfez. E saem como tu. Todos nós somos como tu. Então, Excelentíssimo Senhor... Faça personalidades marcantes Pois já basta minh'alma vazia. Pronta para que estraçalhe a vigésima alma.

06:02 am

Durante a manhã Só não quero conversar ou prolongar quaisquer que sejam as discussões Durante a manhã Só quero a paz Que almejo à tarde também Durante a tarde Desejo que a noite não chegue Que a cerração não caia Que teu amor de mim não saia E que tu mesma não se torne presente. Ah, noite... Sempre sendo um problema Tirando de mim todo dilema De que um dia poderíamos ser felizes Na tua madrugada Os lobos uivam e as mulheres choram Choram pois tu és o lobo Se bem que pareces algum animal carniceiro Sedento pela minha podridão. Não está doendo, amor É que realmente não posso tornar mais sombria A falsidade com que pronuncio tais palavras É estrago ou magia Que acabam me tornando assim. Tal paciência, Deus. Talvez uma carta de amor... Talvez de despedida... A madrugada é sempre mais longa quando a dor atravessa E a dor rasga ainda mais quando a madrugada chega. O problema não são os dias  Nem as noites... O pro...

Meu declínio

É uma pena Que tua dor seja mais confortável Que a navalha seja mais amável Que o bolçado te faça sentir melhor. Não sinto pena Como quiseste sentir de mim Nem descrevo o trono como o fim Sobre qualquer tipo de desamor Então, meu bem Novamente te indago Do passo em que nosso enredo se encontra E da paz que tua estaca proporcionou. Mas é que hoje Só posso ver o deslumbre De todo o amanhecer daqui Ou de onde te encontras ... Daqui já não é onde estive antes E revoltante é saber Que teus sonhos transparecem  E se encaixam na destruição dos meus. Sete luas te moldaram E quatro delas já contaram que teu lugar não é aqui Mas a insistência... A vontade de presenciar a queda do rei Ainda é o simbolo da tua alma Progresso seria o perdão Mas é que em tuas entranhas Se dispôs a raiva e ganância  Que, por um acaso querem apenas O meu declínio.

Quinze, zero e sete.

    Passei os últimos dias sentado diante das recordações e lembranças do que eu poderia ter sido. Novas mensagens e chamadas não atendidas refletiam o interesse alheio em minha integridade? Não. Era apenas o controle remoto travado no modo de "fingir não contradizer as obrigações parentais". Poderia ter sido diferente, assim como várias outras coisas da vida. Porém ao longo dos anos é perceptível que caminhos traçados e escolhas feitas nos levam onde estamos e por pior que estejamos sei que ainda há um ponto bom, uma lição ou um alguém que vá fazer com que as sombras sejam vistas como lírios nas manhãs de ventania.      Nesses anos sentada também vi que poderia nascer de novo todos os dias e crescer cada vez mais até que não coubesse mais um eu dentro de mim e devesse realmente separar esse "eu" tão bom. Até daria o nome de Pedro. Quaisquer que sejam as dores, uma perspectiva positiva teria valido a pena naquele momento. Teria.     Adormeci... E ...

Conjuntos numéricos

     Quem sabe um dia andando por aí, tu consigas perceber que olhares distantes podem ir além de traição mental. Poderás ver que as coisas vão muito além de conceitos baratos sobre certo e errado e que tudo pode ser mais relativo do que teus olhos querem enxergar. O mundo é tão maior do que nós percebemos e o tempo entre um segundo e uma lágrima pode ser menor do que o do disparo de uma arma. É muito breve, meu amor. É breve a consolidação de quaisquer que sejam as essências de nossas almas, desde que sejam puras. Mas também é breve, ou ao menos deveria ser breve o tempo para a bala atravessar nossos peitos com uma verdade que sempre esteve ai. A morte, o fim.      E estive todos os dias pelos mesmos caminhos, tentando desviar da maresia e da sombra que insistia em carregar a placa da culpa, o peso da alma. O peso de cada um, meu amor... É tão relativo quanto o que nos prende aqui. Mas que estejamos prontos para o fardo que se acumula cada dia mais, a c...

Compenso.

Medíocre é a sensação de fragilidade Frágil idade Que não permite ao ser humano A capacidade de ser melhor. Frágil cidade Que durante a noite abriga os piores males E durante o dia Finge sanidade. Tomei a dianteira de dizer Que são todos hipócritas Diante de todas tuas perguntas retóricas Resolvi dizer "És um grande merda, senhor" Resolvi também perder a educação. A frágil idade não pode pensar, esqueceste? E nem que preciso seja gritar Urrar como a dor que me fizeste sentir. Maldito.

Do campo

Hoje o campo está coberto de branco Lágrimas brancas E cada lírio que arranco faz com que de mim caiam mais flocos. Jurei cuidar e aquecê-los no inverno duro Mas vejo que a pior barreira é o futuro Ou o escuro que cegou minha razão. Não devia ser. Hoje passam os dias E em alguns deles a dor transcende às palavras Outros, arranco lírios novamente. Temo chegar o dia em que não me caibam mais as palavras E catastroficamente seja o fim. De todo esse meu orgulho por não semear lírios mais ao alto. Da falta de preparo para o cultivo e cuidado. Que seja o fim da escravidão de mim mesma Vai ser blindado o meu querer E a escolha desse cultivo nem preciso que tent'entender Só que passe a olhar e ver Que no meu arranjo possa ter Lírios e Bocas-de-leão Sem que precise explicar o motivo da união E do laço vermelho que vinde a colocar E direi que "em seu torno" tornarei a arcar Se fosse um barco,  então a velejar E combinarei o lírio c...

Cabe mais do que a reflexão.

     O mundo... Ele é tão completo e incompleto ao mesmo tempo, não é? Os silêncios abalam pois ecoam aquele término indesejável. As palavras rasgam e esmagam com aquelas ofensas machistas de sempre. São milhares de caminhadas diferentes, de histórias e de motivos para estar ali que cruzam nosso caminho diariamente. É egoísmo demais saber que posso sorrir e mesmo assim, tantos andam sem o minimo respeito ao próximo, também diariamente. Não é preciso ter uma vida perfeita, afinal, ninguém tem. Só é preciso sorrir. Sorrir mesmo que o dia não esteja bem, sabe?      Dia... Meus dias não andam sendo bons e o ápice disso é deixar transparecer à pessoas das quais nunca tive e provavelmente nem teria contato. Mas uma dessas pessoas veio e perguntou o motivo do choro. Era um homem daqueles engravatados, pasta na mão e pressa no olhar. Estereótipo de...Acorda! Estereotipo maldito que persegue esses pré conceitos todos. Ele sentou e perguntou o que havia acontecido...

Códigos

    Ela se aproximou, veio de vagar. Chegou como se não existisse nada além de mim naquele ambiente. Se eu não fosse tantos outros, diria que ela estava mesmo apaixonada. Mas é que ela, como tantas outras, só queria saciar a própria fome e depois ir embora.      Já em outra história e essa que torci para dar certo foi quando conheci ela, dona do maior acervo do mundo de corações partidos. Coração é tudo igual, sabe... Uns cansados, outros mais ainda. Imagina se fossem almas... Não machucar nem ser machucado é sempre o propósito central mas o tempo passa e um dos dois sempre tem a alma enegrecida e exposta aos talhos do amanhecer. É sempre um. Por isso os filmes acabam na metade da história. O final feliz é até a metade.     A terceira era uma lembrança. A terceira era a lembrança do que era para ter vindo e do quanto amei um porta-retratos. Não faz muito sentido para outros que possamos amar mais do que a nós mesmos outra coisa ou pessoa e cuidar...

Já falei?

Já falei dos atalhos e retalhos, falei do cifrão, da dor,  do amor e da formula que faz bater um coração. Já falei dos lírios, da vida que levei  e das vezes que orei.  Sim, elas existiram.  Pseudo existiram. Os anjos não caem nem Ramtel soube Quem foram os que partiram suas memórias. O que importa falar? Sabe para que um escritor que se presa escreve? Para si mesmo. Para si mesmo mostra ao mundo a própria dor.  Para si mesmo mostra ao mundo o dilúvio de Andrômeda. Para si mesmo expõe seus delírios mais intensos e histórias mais horrendas. Para o mundo, mostra a si mesmo. Mostro. Mostro-me.

Semblante

    E para falar de perdas, não precisa ser muito extenso. Extensiva e intensa já é a dor que arde e afoga, mas sem melancolia nem enrolação. A gente olha pra cima e pede ao Ser que cuide de quem amamos e à Terra que zele por nós. Uma palavra: Solidão.

Não adianta mais.

Eles disseram que não poderia pensar pois pensar dá medo e medo faz parar. Resolvi pensar. Deu medo... Parei. Mas parei por pensar  E para pensar. Não adianta dizer que devo escrever, criar, agir, orar, aprender ou me render. Não vai adiantar Pedir pra e parar, mandar idolatrar  os mesmos imbecis. É no seu tempo que a criatividade se manifesta E quando vem Explode e não tem festa nem meia noite que acabe. É sempre muito E muito é nada É sempre lindo de ver Que toda madrugada Não é mais forçada  a arte do criar. E não adianta dizer que devo escrever, criar,  agir, orar. Não adianta dizer  que devo crescer. Eu já sei o meu lugar.

Somos nós

    Mas é a felicidade, pessoal! A felicidade que habita nosso sorriso ao avistar aquela pessoa. Que surge quando a convivência torna-se agradável, satisfatória e pura. Ah! Felicidade! Ela... A felicidade que destrói aquela cara emburrada com um buquê de lírios. Algumas brigas, sendo bem realista mas vários instantes. E de instantes se mostram que segundos podem apagar qualquer maldade e choro.     Mas é o apego, pessoal! Aquele apego que te faz querer, que te faz sentir mesmo estando longe. E quando se está longe, parece que a falta de ar toma conta. O apego que te pega e te mostra quem é que manda. O apego. Ele manda.        É... E acima de tudo é o respeito, pessoal! Ah, o respeito tem vários pontos de vista?! Respeitar não é ter medo, respeitar é saber que ao seu lado há outro ser humano. Que há ali, um ponto de partida para uma vida a dois. Que há ali, provavelmente, um futuro, um caminho, um sossego. É a felicidade, o apego, a tristeza,...

Não está incluso.

      Vejo tua alegria, ou talvez interpreto-a errado quando digo que és feliz por escrever. És feliz pela fama de ensino médio ou realmente te acolhe na desgraça alheia? São quinze minutos de fama para muitos e tantos anos de farsas para ti, meu bem. Uma vida fingida, olhares sinceros desperdiçados e palavras de consolo que formam rimas suaves com teu ódio e desprezo. Uma facada. Desleixo ao deixar que fizesse parte do meu cotidiano.     Tão pouco quero felicitar tua alma vagante que rodopia com urros de dor vindos de hospitais, clinicas e até de corações. Dor... Singela e escandalosa dor. E que venham, arranquem e façam tua hora chegar. Desleixo o meu ao saber que és uma parte de mim. Meu outro lado.      Agora sobre a outra menina. Ela tem olhos castanhos, um cabelo tão bonito e cara de bolacha. Digo que é meu lado bom. É a parte pura que transcreve em mim a pureza de ser o bem. Eu sei, não sou. Mas, menina... Será que além do infinito viv...

E fico por aqui.

        Eu quis fugir. O paradoxo é que quis ficar também. Quero fugir todos os dias dos teus braços e entrelaço-me nas lembranças. Aquelas que doem, sabe? As mais cruéis, dos melhores momentos e mesmo a dos piores causam saudades. Os lírios... Tento regá-los todos os dias mas estamos em épocas negras. O sol já não é abundante, tal qual o amor que eu os dava.        Sentei e vi que tudo ao meu redor eram lírios. Era tudo o que tinha me restado. Sem quadros, retratos, teu batom jogado em cima da penteadeira. Onde foi parar tua escova de dentes? Cade aqueles pares de meias desparceirados? Nossas roupas trocadas, desenhos jogados e fotografias antigas pela casa? Aqueles papeizinhos colados pelas paredes. Nem o eco da tua voz... O som dela dizendo que ia ficar tudo bem no meio de uma crise. Cade alguém, cade o teu alguém para me abraçar no meio de uma briga?    Tive que ligar. O som que transbordava como rios dentro da minha cabeça, des...

Atalhos, retalhos e um cifrão.

     De todo e qualquer lugar no mundo, prefiro estar em lugar algum. Sabe, o lugar mais agradável deles é só meu e sou egoísta. Pode ser que contando, mais pessoas descubram que meu lugar favorito não é um lugar. Também não é um abraço, quanto menos a profundidade imensa dos oceanos e habitações modernas. Não é um lugar, mas talvez seja uma construção. Não é uma construção mas quem sabe seja um projeto. É, bem... É um projeto. Meu lugar é um "tic-tac" diferente ou o tempo se contorce para o meu agrado. Vivo a insanidade de habitar aqui e habito intensamente meu próprio espaço.     Copérnico foi o pai da astronomia moderna mas não desvendou o mistério da felicidade, dessa nebulosa que transfere e transcende na visão de cada um. Pilantra é o que esconde o próprio mundo, o próprio segredo e tão baixo...Ah! Ele esconde o melhor lugar do mundo. Próprio. Improprio para menores de dezoito vidas. (Sabendo que não saberíamos usa-las mesmo que fossem duzentas vidas)....

Os riscos de uma relação

    O namoro era tão bom. Quando foram morar juntos tornou-se mais perfeito ainda. Um ajudava o outro a limpar a casa, cuidar das despesas e principalmente a cuidar de si próprios. Todas as noites tinham um ao outro de uma forma intensa e livre. Vez ou outra saiam e iam na casa dos pais jantar ou até mesmo naquele fast food da primeira quadra já que nenhum dos dois bebia. Deitavam-se, olhavam filmes e davam risada. Jamais haveriam coisas ruins entre eles. Tudo era para sempre.     E depois de um ano as coisas começaram a ser diferentes. Ela sentia que estava fazendo algo errado mas realmente não entendia, não via o erro. Todas as noites era a mesma coisa. Todas as noites ele tomava um copo de conhaque e sentia-se satisfeito. Todas as noites ela sentava ao lado dele e clamava ao menos por um pouco de carinho e não um "a casa está suja, não viu?" enquanto ele pedia por uma janta decente e a mandava sair de frente da televisão.     Ela realmente odiava is...

Cântico

Todas as tardes insisto na ideia de encontrar... Não de encontrar um amor parece tão clichê mas não é vontade de satisfazer qualquer desejo ou temor já que a solidão não me atinge mais. Quem é mais só no mundo do que aquele cercado por duzias de pessoas e preso na própria solidão? Esta noite não me perdi em nostalgias.

Pedro

    Se é para informar, informaremos. Vou contar, amor... tá  doendo. Essa angústia e indiferença aí, sabe? Hoje brinquei com a nossa argila mas faltaram-me as combinações para criar a aquarela do nosso futuro, se é que ainda há. Há de haver. Amor! Posso te chamar assim ainda? Meu amor. Onde foi que nossos planos se perderam? Onde foi que eu me perdi? Os sonhos nos corromperam e o mal que nos cercou acabou sufocando o elo que nos unia.    Não posso colocar-me em primeiro lugar. Não adianta fazer jeito de quem não liga. "És minha vida, és minha amada". Creio que em cada frase posso ir parafraseando as entrelinhas com milhares de "eu te amo" mas sei que de nada valerão sem que eu esteja aí, amor. E quantos anos passarão? Não. Não quero deixar-te ir.     ...   Amor, o Pedrinho está bem. Nosso sonho bom também. Lembra de quando iria escrever isso? Conseguimos! Quatro, cinco, sete... Oito meses. Menino precoce esse.

Reluto o luto.

As vinte e quatro horas do dia não bastaram-me. Não bastaram para opor a falta,  a culpa e opor a dor. A compaixão. Há compaixão?! As cento e sessenta e oito horas da semana não contrastam de forma adequada o teu sorriso. Porque teu maldito paraíso desabou. Teu sorriso sibilou e mendigou meu perdão. Tragam a morfina já que as malditas aspirinas e o gardenal já não fazem mais efeito. Condenei-me ao luto luto eterno pela minha própria alma.

Leminski-se

    Não é de meu costume mas que as honrarias sejam feitas. Posto-lhes um breve poema de um homem realmente admirável: Sem título Eu tão isósceles Você ângulo Hipóteses Sobre o meu tesão Teses sínteses Antíteses Vê bem onde pises Pode ser meu coração Paulo Leminski

Bloco 61, expresso do amor.

    Ouço pássaros lá fora e percebo que já são 6h49m. É cedo... Ou talvez seja tarde, afinal não preguei os olhos nessa madrugada e digamos que em várias outras que passaram também. As madrugadas em busca de distrações e os pólos do sono completamente invertidos. Noite virou dia e dia virou noite. A filosofia do século xxi é encontrar o significado do amor, assim como fragilizar toda e qualquer forma amável deste mundo. Óh, mundo! Sabe isso aí? É inútil! Onde posso deixar meu bilhete de "vocês nem sabem quem são"...? Mas acho que não seria uma boa ideia, né?! Receberia uma resposta parecida com "e você é que na verdade não sabe quem é"  acho que seria uma verdade constrangedora.     Bom, sobre essa coisa de não saber direito quem eu sou. Antes, uma pausa: (nomear coisas com "coisa" só te faz mais burro pois isso diz explicitamente que eu não sei a palavra certa para usar) autocritica?! Continuando... Já tentei ir em vários testes do tipo "quem é vo...

Há de existir, não há, nem "a" de ousar aparecer.

- E m uma conversa qualquer, um dia qualquer e uma ocasião qualquer, enquanto pedia ajuda à minha sobrinha... -Aqui. Coloque aqui, por favor! Talvez um pouco mais à direita, quem sabe. -Mas para que tanta importância em pendurar um quadro sem graça na parede, tia? Disse Ana em tom cansado e desanimado. -Não é só um quadro, meu amor. É um quadro comprado na loja de presentes da esquina da JK com a Under. -Tia, minha mãe conta que há mais de 30 anos não existem lojas naquela área. É uma dessas histórias empoeiradas que contam aqueles canais dos anos 2000? Com o olhar perdido esperando por algum conto antigo ou histórias de pescador. -Quase isso. É um quadro com um desenho do pequeno príncipe. Um dia foi dado à alguém muito importante. Alguém que julguei mal por muito tempo e disse que os sonhos não valiam a pena, que eram pequenos. -Hoje... tenho este quadro de volta. Disse eu, relembrando toda história e com aperto no coração. -Essa pessoa morreu?  -Não! Ela coloco...

Concretizando

    Sabe quando a gente precisa pensar? É, pensar... Aquela coisa só nossa e que ao mesmo tempo pode ser além de nós. Pois é, quero pensar. Quero rever conceitos, páginas do contrato chamado "vida" e, quem sabe reescrever algumas coisas. -Não há como apagar seu passado, ele me disse. -Na verdade, só quero apagar todos esses rótulos que foram escritos aqui nas páginas seguintes. Consegue ver? - São o que as pessoas esperam de ti. São o que querem que tu sejas. Completou.     Então, se o futuro é planejado como esperam que gente como eu não decepcione? Desculpem, não sou previsível, ou... quem sabe. É, na verdade sou tão previsível ao ponto de confundir a cabeça das pessoas que tentam entender. Não dá para ser de acordo com o esperado, nem desacordar dos próprios sonhos mas quem sabe concordar que a viajem pode ser mais livre?! Digam a ela por mim.

Corrosivo, tal qual tu.

Afoguei...  o amparo da nossa paixão. Corroí o descaso que teu peito proporcionou.  Devido estava aqui morava na aurora do singelo tumulto. Meu louvor te levou. Destruí a barreira Insinuosa... Desonrosa e inabitável que controlava teu amável coração. A corrosão, o inverno... e o verão Te calou. A solução: Me aquecer no esquecimento da tua vida.

Newton

    Durante duas horas fiquei com a página do blog aberta na intenção de que, por mágica viesse aquela abundância de pensamentos e ideias formadas para escrever algo. Agora mesmo, esqueci mais dois tópicos do que poderia escrever. A questão é que devo refletir: Quantas coisas passaram em minha vida? Ok, sério! Não são pelos meus dezesseis, quase dezessete (deveria haver um ícone feliz aqui) que ainda não vi certas verdades da vida. Coloquialmente falando, já foram alguns perrengues. Mas não tenho o que reclamar da vida, a menos de todas as vezes em que aquele tal ícone feliz aparece e logo antes do enter, clico em delete sem querer pois apareceu mais algum empecilho.      Lições são boas. Obvio que na hora em que estamos passando pelas coisas ruins, queremos mais é fugir de tudo aquilo. Olha, um bom exemplo é quando nossos pais dizem "Não faça isso", "Não ande com tal pessoa" ou "Estude". Bom, toda ação tem uma reação de igual proporção, leis de Newto...

Soldado, avante!

E ntão, meu bem em que passo nosso enredo se encontra? Desencontros tão constantes nos abalam Tais quais os compassos da tua'lma Descompasso maldito chama-se teu coração. Violentei-me na tentativa de entender... Já que a compreensão não cabia-me mais. São um, dois... dez reinícios. Mas, quem sabe talvez precisamos apenas acertar Tolerar, progredir e marchar. Passam um... Passaram mil. Teu lindo sorriso forçado é dado em vão. Conte-me sobre a felicidade eterna... Sinto a maldade no teu jeito de ser. Quaisquer que sejam teus amores passados Teus gestos lapidados por um inútil qualquer. Seja quem for Seja como for... Te darei lírios.

O ciclo das flores

    É mera coincidência que a vida esteja desabando agora? Não... não deve ser pela tua ausência. Simplesmente devem haver mais algumas explicações e espero que estas realmente plausíveis, pois é ridículo refutar todas as palavras pronunciadas até aqui. É ridículo o quanto nos contrariamos e o quanto as belas flores podiam tornar a ter significados tão fortes. Bom, tu sabes que flores não são coisas das quais admiro muito, mas, enfim... sabes de que flor eu falo.     Provamos todos os dias que não precisamos daquilo que foi tão importante, mas sabemos que a linha tênue entre o amor e o ódio é grande, também que nada nos tornou feliz por completo e que não importa o quanto possamos tentar, não importa a força que façamos para construir se qualquer fração de lembrança nos devolve ao nosso tempo. Realmente, ninguém precisa de ninguém.    Quinze malditos segundos bastam para que eu abra os olhos e ver que não é à ti que presenteei. Não há nada que não vire...

Lírios

Pedir cansa, cansa a alma de um desesperado pedinte. Cansa saber que um sem outro é um e outro sem um é nenhum É nem um. Pensar não cansa. O que cansa é pensar na mudança E em todas as danças que perdemos. Será mesmo que vivemos além das boas intenções? Amontoa em mim tuas mágoas que levo à ti um buquê de flores. De lírios.  Agora canso São outros pedidos,  outras mágoas. Visconde que esconde da voz  a própria melodia. Que esconde da visão o próprio olhar. Dei ao Visconde, Senhor Conde... Um buquê de flores. Entre outros diversas dores minhas. Aqui foi.